terça-feira, 29 de julho de 2014

A ameaça do HIV à flor da idade no estado do Rio


A ameaça do HIV à flor da idade no estado do Rio

Taxa de novos casos entre jovens de 15 a 24 anos sobe 34% em mais de uma década

por Rafael Galdo



RIO - Quando a enfermeira revelou o resultado positivo para HIV, os pensamentos de X., de 22 anos na época, viraram um turbilhão de dúvidas. Ela o orientava sobre a necessidade de marcar uma consulta com um infectologista, fazer novos exames... Ele, com as mãos suadas, imaginava o futuro e presumia como teria adquirido o vírus. Do lado de fora, o namorado do rapaz, de 23 anos, era o próximo a ser atendido, num hospital de Botafogo. Ambos eram soropositivos. Saíram de lá em silêncio. Só em casa soltaram o choro e se abraçaram. Estavam diante de uma realidade presente na vida de um número crescente de jovens do Estado do Rio, que, segundo os últimos números do Ministério da Saúde, registrou 504 diagnósticos de Aids na população de 15 a 24 anos em 2012, uma taxa de 19,3 novos casos por cem mil habitantes na faixa etária.

Foi a maior taxa de detecção para esse grupo desde 2001 (ou seja, 34% maior do que nesse ano, quando era de 14,4 por cem mil habitantes). E acima da média nacional, de 11,8, que também está em alta (era de 8,8 em 2001). Isso apesar de a taxa geral de novos diagnósticos, para todas as faixas etárias, ter se mantido estável no Brasil nos últimos anos (foi de 20,2 por cem mil habitantes em 2012) e estar em queda no Rio desde 2009.

No caso do casal carioca, hoje, quase dois anos após o diagnóstico, os dois se adaptaram à rotina de idas ao médico e a laboratórios. Só contaram sobre a doença a amigos mais próximos. Nem a suas famílias revelaram a sorologia. E, embora nunca tenham sofrido complicações de saúde, dizem não ser fácil conviver com o HIV.

- Trabalho, estudo, faço atividades físicas... Mas, quando comecei a tomar os medicamentos antirretrovirais, tinha efeitos colaterais como delírios à noite e manchas avermelhadas no corpo - diz X.

Para especialistas e ativistas, uma série de fatores explica esse aumento da taxa entre jovens. O fato de a Aids ser encarada hoje como uma doença crônica e muitos não terem a memória dos anos mais críticos da epidemia, nas décadas de 1980 e 1990, pode ter feito com que eles relaxassem na prevenção, como o uso da camisinha. Mas também são apontados motivos como a falta de campanhas informativas voltadas para esse público, dizem integrantes da Rede Estadual de Adolescentes e Jovens Vivendo e Convivendo com HIV/Aids, que realiza seu primeiro encontro estadual esta semana, na Região Serrana.
O estudante de ciências contábeis Ivan Monsores, de 25 anos, faz parte do grupo. Ele descobriu ser soropositivo em 2011. Mantinha um relacionamento estável. E, num exame de rotina, seu companheiro recebeu o diagnóstico de HIV. Ivan também fez o teste, com o mesmo resultado. Ao contrário de muitos que seguem anônimos, contou à família e se engajou no ativismo pela causa da Aids. Não escapou, no entanto, do preconceito.

- Ao iniciar a medicação, tive uma reação e fiquei quatro meses sem voz. Fiquei 14 dias afastado do trabalho. Ligaram da empresa, então, para minha casa. Minha mãe contou sobre a doença e, imediatamente, fui demitido - diz ele, lembrando que em junho foi aprovada uma lei que tornou crime a discriminação de trabalhadores com HIV. - Hoje, levo uma vida normal e saudável, mas regrada, da hora em que acordo até dormir. Tomar remédios todo dia não é bom. Os efeitos deles tampouco.

Na rede da qual Ivan participa, há jovens de várias classes sociais e diferentes regiões do Rio. Em comum, porém, além de lidarem com o HIV, grande parte é homossexual. E são justamente os jovens gays do sexo masculino um dos grupos que mais preocupam na atualidade. De acordo com o Boletim Epidemiológico 2014 da Secretaria estadual de Saúde do Rio, entre os homens com HIV no estado, de 2000 a 2012 houve uma queda percentual dos casos entre os heterossexuais (de 33,3% para 27,5%), mas um aumento entre os homossexuais (de 24% para 28,5%).

O mesmo estudo, por outro lado, aponta uma redução da porcentagem de diagnósticos entre homens em comparação com as mulheres. De 1982 a 1999, 74% dos casos eram do sexo masculino, contra 63% em 2012. Mara Moreira tinha 19 anos em 1995, quando soube ter a doença. Evangélica, ela havia se casado virgem. Mas, três meses depois, seu marido adoeceu, já fragilizado pelo vírus. Nos quase 20 anos que se passaram desde então, ela ficou viúva, fez faculdade de teologia, casou-se de novo e coordena o grupo de mulheres da ONG Pela Vidda. Mara afirma acolher um perfil de mulheres diferente do de alguns anos atrás: atualmente, muitas são de classe média, com conhecimento do que é a epidemia.

- Mas a realidade de mulheres que são até expulsas de suas comunidades ao terem sua sorologia revelada continua - diz a ativista, que acredita ter ocorrido um retrocesso no tema da Aids no país. - Não é uma epidemia controlada.

Presidente do Pela Vidda, Márcio Villard confirma o que Mara diz. Em muitas regiões, como a Zona Oeste, diz ele, há déficit de infectologistas. Na cidade do Rio, Márcio lembra que uma estratégia tem sido a transferência de atendimentos para as clínicas da família, com o treinamento de clínicos. Enquanto isso, o estado mantém a segunda maior taxa de mortalidade por Aids do país - 9,1 casos por cem mil habitantes em 2012, contra 5,5 no Brasil.

- O Rio ocupa uma das posições mais temerosas da epidemia e precisa de uma atenção especial, sobretudo no caso dos jovens - alerta ele.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Infecções por HIV caem no mundo, mas crescem no Brasil, diz ONU

16/07/2014 10h35 - Atualizado em 16/07/2014 11h34

Infecções por HIV caem no mundo, mas crescem no Brasil, diz ONU

Novos casos de contaminação no país subiram 11% entre 2005 e 2013
Informações foram divulgadas nesta quarta-feira pela Unaids.

Do G1, em São Paulo
Dados divulgados nesta quarta-feira (16) pela Unaids, programa conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids, aponta que o índice de novos infectados pelo vírus no Brasil subiu 11% entre 2005 e 2013, tendência contrária aos números globais, que apresentaram queda.
No mesmo período, a quantidade de casos no mundo caiu 27,5%, de 2,9 milhões, em 2005, para 2,1 milhões, em 2013. Desde 2001, a queda foi de 38%. As informações estão em um novo relatório que analisa o impacto da Aids no planeta.
As mortes relacionadas com o vírus registraram queda de mais de um terço na última década. Em 2013, 1,5 milhão de pessoas morreram vítimas da doença, uma queda de 11,8% em comparação com 1,7 milhão de mortes em 2012, segundo os números da ONU. Além disso, o número representa uma queda de 35% na comparação com as 2,4 milhões de mortes registradas em 2004 e 2005.
"Terminar com a epidemia da Aids é possível', afirmou Michel Sidibe, diretor Unaids. "Restam cinco anos para estabelecer os objetivos, que foram cumpridos até agora. Os próximos cinco anos serão decisivos para os próximos 15", completou.
O relatório destaca que 35 milhões de pessoas viviam com o HIV em 2013, um número um pouco superior aos 34,6 milhões de 2012. "Dos 35 milhões de pessoas que vivem com o HIV no mundo, 19 milhões não sabem que são soropositivos", disse o diretor da Unaids.
Dados do Brasil
Segundo o relatório da ONU, o Brasil tinha 730 mil pessoas com Aids vivendo no país em 2013, número que representa 2% do total mundial. Estima-se que 44 mil pessoas tenham contraído o HIV apenas no ano passado, montante que também representa 2% do total global.
O documento não apresenta a quantidade de casos existentes em 2005, apenas o percentual comparativo.
Os dados das Nações Unidas afirmam que 16 mil pessoas com HIV morreram no ano passado e que 327.562 pessoas utilizavam antirretrovirais.
Em relação à América Latina, 47% dos novos casos registrados no ano passado surgiram no Brasil, sendo o México o segundo país com mais contaminações novas.
De acordo com a ONU, os grupos particularmente vulneráveis a novas infecções são transsexuais, homens que fazem sexo com outros homens, profissionais do sexo e seus clientes, além de usuários de drogas injetáveis.
No fim do ano passado, o Ministério da Saúde havia divulgado que o país tinha cerca de 700 mil pessoas infectadas pelo vírus, sendo que 39 mil descobriram estar contaminadas em 2013. Além disso, o governo informou que 300 mil pessoas estavam em tratamento em 2013.
África, o continente mais afetado
A África continua sendo o continente mais afetado pela doença, com 1,1 milhão de mortos em 2013, 1,5 milhão de novas infecções e 24,7 milhões de africanos que vivem com o HIV.
África do Sul e Nigéria encabeçam a lista de países mais afetados e a Unaids recorda que na África subsaariana ainda é muito difícil o acesso às camisinhas: cada indivíduo sexualmente ativo tem acesso a apenas oito preservativos por ano em média.
A América Latina tinha 1,6 milhão de soropositivos em 2013 (60% deles homens) e o número de novos infectados permaneceu estagnado, com um recuo de apenas 3% entre 2005 e 2013. Na Ásia, os países que mais preocupam são Índia e Indonésia, onde as infecções aumentaram 48% desde 2005.
O relatório da Unaids destaca os avanços no acesso aos tratamentos antirretrovirais, com 12,9 milhões de pessoas atendidas em 2013, contra apenas 5,2 milhões em 2009. Mas o importante avanço é inferior à meta da ONU, que espera 15 milhões atendidas em 2015.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu recentemente mais esforços para tratar em particular os homens que têm relações sexuais com homens, as pessoas transgênero, detentos, profissionais do sexo e usuários de drogas.
"Para garantir que ninguém ficará para trás nós temos que diminuir a brecha entre as pessoas que podem ser atendidas e as que não, entre as que estão protegidas e as que são castigadas", disse o diretor da Unaids.
O dinheiro destinado ao combate contra a Aids subiu de US$ 3,8 bilhões em 2002 para US$ 19,1 bilhões em 2013, mas está longe do objetivo da ONU de arrecadar entre 22 e 24 bilhões de dólares em 2015.

Mais de 100 especialistas em Aids estavam em avião da Malásia que caiu na Ucrânia


Mais de 100 especialistas em Aids estavam em avião da Malásia que caiu na Ucrânia

Especialista diz que "cura da doença poderia estar a bordo" da aeronave

por

Letreiro anuncia 20ª Conferência Internacional de Aids que contaria com participação de pesquisadores que estavam em avião que caiu
Foto: AFP
Letreiro anuncia 20ª Conferência Internacional de Aids que contaria com participação de pesquisadores que estavam em avião que caiu - AFP

O Boeing 777 da Malaysia Airlines, que caiu em território ucraniano nesta quinta-feira, levava 108 pesquisadores, ativistas e membros de ONGs que estavam viajando para participar da 20ª Conferência Mundial de Aids, em Melbourne, na Austrália. A queda do avião, que causou a morte de todas as 298 pessoas a bordo, tornou-se alvo das atenções da comunidade internacional e está sendo investigada. Suspeita-se de que a aeronave foi derrubada por um míssil
Trevor Stratton, um consultor sobre a Aids, disse em entrevista a uma rede australiana que a cura da doença poderia estar no avião que caiu.
- A cura da Aids poderia estar a bordo daquele avião, simplesmente não sabemos - disse Stratton.

Cientistas do mundo são unânimes ao dizer que o episódio representa uma perda enorme para a comunidade acadêmica. Um dos pesquisadores, Joep Lange, foi presidente da Sociedade Internacional de Aids, entre 2002 e 2004, e vinha atuando como diretor do Departamento de Saúde do Centro Acadêmico de Medicina da Universidade de Amsterdã. Recentemente, o pesquisador divulgou um estudo que demonstra, pela primeira vez, como um composto probiótico poderia atuar no vírus HIV.
Há quem diga que a esperança de uma cura para a Aids num futuro próximo pode ter se perdido com a queda do Boeing. Em 2001, Lange criou a PharmAccess, uma fundação sem fins lucrativos cujo objetivo era melhorar o acesso aos medicamentos e tratamentos da Aids em países pobres. O pesquisador contribuiu no desenvolvimento de terapias combinadas a preços acessíveis e em meios de prevenir a transmissão do vírus da mãe para o bebê.
A diretora da Unaids Brasil, programa conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids, Georgiana Braga-Orillard, afirmou que a morte dos pesquisadores no voo é uma perda muito grande.
- Estamos esperando a confirmação oficial. Não são somente cientistas. Tivemos informações que ativistas e membros de ONGs que fazem parte da luta contra a Aids também estariam no voo. A perda é muito grande, estamos tristes.
Para Georgiana, as mortes causarão impacto na luta contra a doença.
- Esperamos que se confirme o mínimo de mortes. Haverá um impacto nas pesquisas e nas políticas. Sabemos que muitos holandeses estavam cadastrados para aquele voo e a Holanda é um país que financia muitos projetos e possui um debate avançado sobre o tema. Mas não temos confirmação, logo, torcemos para que o impacto seja o menor possível.
David Cooper, professor da Universidade de New South Wales, em Sidney, afirmou à agência Reuters que Lange tinha um compromisso absoluto com a pesquisa contra a doença e dava atenção especial aos países da Ásia e África.
- Ele nunca aceitava algo como impossível.
A Sociedade Internacional de Aids, que organizou a conferência, expressou suas condolências pela morte dos pesquisadores e afirmou que irá cooperar com as autoridades.
“Em reconhecimento à dedicação dos nossos parceiros na luta contra o HIV/ Aids, a conferência vai continuar como planejado e vai incluir oportunidades para refletir e lembrar aqueles que perdemos”, afirmou em nota.
O atual presidente da sociedade, em entrevista a jornalistas, manifestou seu pesar.
- Nesse momento incrivelmente triste e delicado, a Sociedade Internacional de Aids está ao lado de nossa família internacional e envia condolências aos entes queridos daqueles que perderam alguém nessa tragédia - disse Chris Beyrer que afirma que com a morte de Lange, "o

MSF pede aos países do BRICS para priorizarem área da saúde e o acesso à inovação médica

 
Declaração de MSF por ocasião da VI Cúpula do BRICS, realizada em Fortaleza e Brasília, de 14 a 16 de julho.
 
15 de julho de 2014 – Chefes de Estado de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul estão reunidos no Brasil para a VI Cúpula do BRICS, onde devem concluir a criação de um banco de desenvolvimento, estabelecer melhorias nos mecanismos de cooperação financeira e enfatizar seus compromissos com políticas de inclusão social. Médicos Sem Fronteiras (MSF) saúda a criação de iniciativas de financiamento conjunto e pede aos chefes de Estado que assegurem que a saúde seja uma área prioritária para apoio.
 
Como uma organização médico-humanitária, MSF enfrenta todos os dias o fato de milhões de pacientes estarem excluídos do acesso aos serviços médicos, em parte por causa das lacunas do atual sistema de inovação médica. MSF está cada vez mais respondendo às necessidades médicas não atendidas de pacientes vivendo em países classificados como de renda média ou alta; em mais de 30 desses países, a organização executa programas que atendem aos refugiados e migrantes, oferecem tratamento de HIV e tuberculose (TB), emergência obstétrica e cirurgias de trauma e respondem às emergências de curto prazo.
 
MSF incentiva o aumento do financiamento do BRICS para a saúde com enfoque nas necessidades prioritárias e pede que esses novos mecanismos garantam que a inovação seja acessível e disponível a preços razoáveis aos que precisam.     
 
O tema da VI Cúpula do BRICS, “Crescimento inclusivo: soluções sustentáveis”, enfatiza o papel do BRICS em alcançar os objetivos de desenvolvimento do milênio, assim como a reconhecida necessidade de estruturas alternativas para coordenar os esforços conjuntos. Na área da saúde, o BRICS enfrenta desafios comuns, como o problema da tuberculose – já identificado como prioridade de saúde pública pelos ministros da Saúde do BRICS – que necessita urgentemente de soluções sustentáveis.
O BRICS representa 60% de todos os casos de TB entre os países com alta carga da doença e 60% dos casos mundiais de tuberculose multirresistente a medicamentos (MDR-TB). Apesar dos investimentos em iniciativas nacionais e conscientização global, as ferramentas médicas existentes se mostram insuficientes para lidar com a crescente crise de MDR-TB.
 
Como um dos maiores fornecedores não governamentais de tratamento para TB resistente a medicamentos, tratando 1.780 pacientes em 18 países no ano de 2012, MSF está preocupada com o aumento dos índices de tuberculose resistente a medicamentos (DR-TB) e com a falta de regimes de tratamento efetivos. Os regimes de tratamento existentes - que são longos, tóxicos e dolorosos – têm taxa de êxito inaceitavelmente baixa, com apenas 48% dos pacientes sendo curados. Além disso, as tecnologias para diagnóstico são inadequadas para alguns locais com recursos limitados em que MSF atua e os medicamentos não são adaptados para crianças.
 
Essas deficiências estão enraizadas na forma como a inovação médica trabalha atualmente. Doenças que afligem principalmente populações que não representam um atrativo mercado comercial, como no caso da TB, sofrem de crônica falta de investimentos e a ausência de prioridade nos esforços de pesquisa e desenvolvimento (P&D) pelos investidores e inovadores tradicionais da biomedicina.
 
Diversos desenvolvedores comerciais, por exemplo, anunciaram recentemente uma redução ou completo abandono de P&D para medicamentos para TB. Além disso, para os poucos novos produtos que foram desenvolvidos, a acessibilidade continua sendo um problema crítico. Ainda além, os novos medicamentos foram desenvolvidos sem uma visão de como eles deveriam ser incorporados nas combinações dos múltiplos medicamentos necessários para tratar a doença, atrasando significativamente os benefícios para os pacientes.    
 
Essas falhas no sistema de inovação médica representam uma ameaça aos compromissos do BRICS com a cobertura universal de saúde e vão exacerbar inúmeros desafios de saúde pública enfrentados pelo BRICS, incluindo doenças transmissíveis como HIV, TB e Hepatite C, além de doenças não transmissíveis, como o câncer.
 
Os ministros da Saúde do BRICS expressaram preocupação com a acessibilidade a novas ferramentas médicas e demonstraram boa vontade em cooperar na área de descoberta e desenvolvimento de medicamentos; fundamentalmente, eles reconheceram que a cooperação em torno de novos mecanismos para inovação deve priorizar a acessibilidade aos produtos médicos.  
 
Neste sentido, as discussões em curso sobre a cooperação do BRICS em ciência, tecnologia e inovação deveriam incluir apoio aos mecanismos de inovação para preencher as lacunas em pesquisas de saúde e de medicamentos, particularmente para aqueles que promovem P&D de forma colaborativa e em função das necessidades e incluem provisões para garantir que o financiamento sustentável vá para áreas de doenças caracterizadas por falhas no mercado.
 
No caso de TB, por exemplo, abordagens inovadoras para financiar e coordenar P&D são urgentemente necessárias para acelerar o desenvolvimento – a preços acessíveis – de novos regimes de tratamento fundamentais para lidar com a epidemia. Ao trabalhar para atender às necessidades de regimes mais efetivos de tratamento para TB não apenas em projetos de MSF, a organização apresentou uma proposta – o Projeto 3P – que tem como objetivo oferecer novos e mais efetivos regimes de tratamento de TB que podem ser ampliados de forma responsável e a preços acessíveis.  
 
“As deficiências no atual sistema de inovação médica são evidentes e o BRICS está em uma posição única para desempenhar um papel ativo na mudança da situação”, disse Felipe Carvalho, da Campanha de Acesso a Medicamentos Essenciais. “Tendo lutado por décadas para garantir acesso aos medicamentos e satisfazer suas necessidades de saúde pública, o BRICS pode agora usar sua capacidade de pesquisa e produção para fornecer soluções de longo prazo para superar esses desafios. Neste momento, em que o BRICS está discutindo iniciativas de cooperação e financiamento conjunto, é a hora certa para debater prioridades de saúde por meio de modelos de inovação em função das necessidades e que resultem em inovações médicas que estejam disponíveis a preços acessíveis para todos que necessitem”, concluiu Felipe.
 
 
Atenciosamente,
 
Felipe de Carvalho
Campanha de Acesso / Access Campaign
Médicos Sem Fronteiras Brasil / Médecins Sans Frontières (MSF)
Rua do Catete - Catete
Rio de Janeiro, RJ - Brasil
Tel. + 55 21 3527-3602
Cel. + 55 21 8756-3005

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Secretário municipal de Saúde do Rio pede exoneração


Secretário municipal de Saúde do Rio pede exoneração

Hans Dohmann estava no cargo desde janeiro de 2009. O novo secretário é o pesquisador Daniel Ricardo Soranz Pinto


RIO — O secretário municipal de Saúde do Rio, Hans Fernando Rocha Dohmann, pediu exoneração do cargo. A saída do secretário foi publicada no Diário Oficial desta quarta-feira. Pela manhã, Hans se despediu do cargo participando de um encontro com integrantes do Conselho Municipal de Saúde, no Palácio da Cidade (Botafogo), numa cerimônia organizada pelo prefeito Eduardo Paes, que também participou do evento.

Segundo a prefeitura, Dohmann deixou o cargo por motivos particulares. O novo secretário é o pesquisador Daniel Ricardo Soranz Pinto, que ocupava a subsecretaria de Promoção, Atenção Primária e Vigilância em Saúde.

Dohmann, que estava na secretaria de Saúde desde janeiro de 2009, como integrante do primeiro escalão do primeiro mandato do prefeito Eduardo Paes, não foi o único a deixar a administração. Na chefia de gabinete, Rita Weiler deixou o cargo e Márcia Regina Cardoso Torres assumiu o posto. Na subsecretaria de Gestão Estratégica e Integração, José Carlos Prado Júnior substituiu Betina Dorovani. Betina, por sua vez, assumiu o cargo que até então era ocupado pelo novo secretário.

Ex- secretário Municipal de Saúde do Rio, Hans Dohmann. Foto de 15/04/2011 Foto: Bruno Gonzalez / Agência O Globo

casamento de Mara Moreira e Evandro Trajano




Dia 11 de Dezembro de 2013, foi um dia muito especial em minha vida pela segunda vez caso com Evandro Trajano da Silva.
O nosso primeiro casamento durou 8 anos entre muitas idas e vindas e após 1 ano separados assumimos que não conseguimos viver separados mais hoje membros da CPNA(Comunidade Profetica Nova Aliança) nossa igreja em Mazombinha estamos caminhando juntos na presença do Senhor.