domingo, 27 de outubro de 2013

GTPI 10 anos: A luta pelo direito à saúde continua


GTPI 10 anos: A luta pelo direito à saúde continua

14h00 - Boas Vindas
ABIA / Secretaria do GTPI

14h30 - O início do GTPI e os 10 primeiros anos de luta pelo acesso a medicamentos

A conjuntura da criação: Os impactos sociais da agenda do comércio
Kátia Maia, ex-Rebrip - Rede Brasileira pela Integração dos Povos

GTPI: Os primeiros desafios e conquistas
Renata Reis, ex-coordenadora do GTPI

As patentes na agenda do Movimento Aids
Mara Moreira, Pela Vidda/RJ

O GTPI como ator no cenário político nacional
A confirmar

16h - GTPI na conjuntura atual e desafios futuros

Atuação da sociedade civil nas novas políticas de inovação em saúde no Brasil
Jorge Bermudez, Vice-Presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz

GTPI e a Rebrip na nova arquitetura internacional
Adhemar Mineiro, Departamento Intersindical de Estudos Econômicos, Social e Estatísticos - DIEESE/Rebrip

Patentes farmacêuticas e a sustentabilidade do SUS
Marilena Correa, Professora do Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ

As promessas não cumpridas do Acordo TRIPS e a necessidade de um novo modelo de inovação em saúde
Gabriela Chaves, pesquisadora do Núcleo de Assistência Farmacêutica, ENSP/Fiocruz

17h30 - Encerramento
Secretaria do GTPI
Marcela Vieira, Pedro Villardi e Felipe Fonseca

18h - Confraternização

Atenciosamente,
Marcela Vieira 
Coordenadora/Coordinator 

GTPI/Rebrip - Grupo de Trabalho sobre Propriedade Intelectual da Rede
Brasileira pela Integração dos Povos 
ABIA - Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids 

GTPI/Rebrip - Working Group on Intellectual Property of the Brazilian
Network for Integration of Peoples 
ABIA - Brazilian Interdisciplinary Aids Association 

Saúde: Por que reverter a privatização?

Saúde: Por que reverter a privatização?

Falsa qualidade: no ano passado, foram registradas 75.916 reclamações contra planos de saúde, sendo 75,7% relacionadas a negação de cobertura. Influenciadas por preconceitos e estímulos governamentais, parcelas crescentes da população aderem à medicina privada. Esta tendência é uma bomba-relógio

Por Lilian Terra

Nos últimos dez anos, o número de brasileiros que paga regularmente planos particulares de Saúde cresceu de 34,5 para 47,8 milhões. Este movimento tem sido apoiado por políticas governamentais. O Estado isenta a medicina privada de impostos, permite que seus usuários deduzam do Imposto de Renda parte das mensalidades que pagam e permite que os planos não cubram os procedimentos médicos mais caros e complexos de que precisam seus clientes, que acabam sendo custeados pelo SUS.

A migração é estimulada, também, por preconceitos. Parte da população está convencida de que a rede de Saúde privada oferece atendimento de melhor qualidade – em termos de acesso, qualidade e conforto. Estimulado pela imprensa, este senso comum é enganoso. Para compreender por quê, vale analisar com algum detalhe as diferenças entre os dois sistemas.

Uma das grandes vantagens de um sistema público de Saúde é o fato de ele ser responsável também pela Vigilância Sanitária. Isso fica muito claro quando analisamos um fato simples, mas com o qual ninguém se preocupa, ao fazer um seguro de saúde. O SUS tem obrigação de acompanhar, por meio de estatísticas, a evolução da assistência à saúde dos brasileiros e os impactos sobre os índices de adoecimento e mortalidade. Se o atendimento é ruim e medidas corretivas não são adotadas, isso se refletirá em números, aparecerá para a população, provocará pressões sociais em favor de mudanças.

A Vigilância que está sob responsabilidade do SUS é exercida de forma capilarizada e hierárquica. Cada serviço de Saúde, desde a pequena unidade básica da periferia até o hospital universitário, deve prestar contas de seus atendimentos e fazer auditorias internas, com a própria equipe de atendimento, para avaliar se tudo que é possível e necessário está sendo feito para prover um serviço de qualidade. Os dados são coletados pelo município e pela União. Os sistemas de atenção mais complexa, geralmente a cargo dos estados, devem fazer o mesmo.

A transmissão das informações nem sempre ocorre na prática de forma efetiva, mas o Ministério da Saúde tem aumentado a cobrança dos relatórios, como pré-requisito para o repasse financeiro. Organismos internacionais, como Organização Mundial de Saúde (OMS) e ONGs, por sua vez, estão sempre atentos a índices de qualidade dos serviços de saúde, tais como mortalidade infantil, mortalidade materna e mortes por causas evitáveis. Além de repercutirem internamente, estes dados são vistos como importantes para a própria imagem internacional do país.

A população também cobra melhores serviços de Saúde, mas de maneira difusa e até pouco produtiva, exatamente por não conhecer os melhores canais para fazê-lo. São medidas eficazes participar dos Conselhos Municipais de Saúde – que geralmente têm reuniões mensais – cobrar diretamente o coordenador da unidade onde se é atendido ou fazer reclamações e sugestões à ouvidoria da Secretaria de Saúde do município.

Outra vantagem do sistema público de Saúde é trabalhar como um só corpo: toda a rede é responsável pelo atendimento a cada paciente. Isso implica criação de novos métodos, em geral ausentes na rede privada – entre eles, grupos de educação em Saúde. Nestes os pacientes recebem informações acerca de sua doença, do tratamento, das medidas não medicamentosas que devem seguir e do autocuidado, além de compartilhar experiências sobre problemas de saúde.

No SUS, existem também os atendimentos multiprofissionais, raros fora da rede pública. Neles, profissionais de diversas áreas examinam, com diferentes olhares, um indivíduo e sua patologia. As discussões entre eles refinam o tratamento, corrigem possíveis erros individuais e melhoram a abordagem do doente.

Já como uma forma de vigilância interna, em alguns locais os pacientes são convocados a comparecer à unidade quando a equipe de Saúde percebe descontinuidade no seguimento ou descompensação do quadro de saúde. Faltam equipes e estrutura para que esse processo ocorra em todo o país, mas o fato de funcionar em locais onde a Estratégia de Saúde da Família está implantada e ativa demonstra que o atendimento integral é possível e benéfico, quando há investimento adequado.

Rede privada

Já a rede privada de Saúde, como qualquer sistema empresarial, é voltada ao lucro. Não há vigilância epidemiológica, e mesmo algumas doenças de notificação compulsória ao Ministério da Saúde deixam de ser comunicadas. As consultas quase sempre são rápidas e envolvem um único profissional. Informações sobre patologia e autocuidado devem ser pesquisadas pelo paciente ou discutidas na sala de espera. O atendimento não é otimizado por equipes médicas: é responsabilidade exclusiva do médico atendente, de quem depende sua qualidade. Como não há cobrança institucional, deve-se "ficar na torcida" para que este profissional mantenha-se atualizado.

O preço da consulta varia muito, e o senso comum acredita que os melhores médicos não atendem pacientes com plano de saúde, mas somente os que pagam do próprio bolso. E caro, pois o tempo médico tem o valor de sua cara e dedicada formação. Planos de saúde mais acessíveis (mas caros ainda assim) não podem pagar por esses médicos. O sistema fica ainda mais prejudicado pela qualidade dos profissionais.

Essa é a razão pela qual, em sistemas privados, as pessoas se queixam muito comumente da rapidez da consulta, desatenção do profissional, dificuldade de seguimento e ausência de informações sobre a doença. Pagam caro para ter acesso ao sistema, sem saber que os médicos que os atendem não recebem por aquela consulta sequer um oitavo do valor da mensalidade do plano. Médico e paciente estão insatisfeitos.

A grande vantagem do sistema privado sobre o público é o acesso à medicina complementar. Exames laboratoriais ou de imagem são agendados sempre com maior facilidade. Os procedimentos são mais rápidos. As filas de espera, infinitamente menores. Mas isso se dá porque a quantidade de pessoas atendidas na rede privada é muito menor, por ser menor o número de indivíduos que podem pagar por saúde. Mas mesmo essa celeridade vem se reduzindo, na medida em que mais famílias têm acesso a convênios.

O fato de ainda ficarem a cargo do SUS procedimentos mais caros, como tratamentos oncológicos e transplantes, não cobertos pelos planos de saúde, também contribui para a realidade do sistema privado de hoje. Isso ficou muito claro na pesquisa suplementar de saúde incluída na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD, IBGE) de 1998. Dois terços das internações hospitalares do ano anterior haviam ocorrido pelo SUS, ainda que 6,3% destes pacientes tenham declarado possuir plano de saúde. Esse dado não voltou a ser pesquisado na PNAD de 2008, embora tenha havido, desde então, aumento expressivo do número de brasileiros cobertos pela medicina privada.

Estima-se que cerca de 25,9% da população esteja hoje nestas condições. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2011), isso faz com que 56% do custo da saúde recaia sobre as famílias e engorde os lucros dos convênios. O gasto público recuou para apenas 44% do total. Pior: dele, cerca de 30% vão para os planos de saúde, mais uma vez privilegiados em detrimento do SUS. Na Inglaterra e Suécia, que também têm sistemas de Saúde públicos e universais, o percentual das despesas custeadas pelo Estado é, respectivamente, de 84% e 81%.

Ainda assim, não se ouve muita reclamação a respeito. A transição para um sistema privado de Saúde é vista como um ganho tanto pelo governo quanto pela população. Pelas autoridades, porque permitirá reduzir ainda mais o percentual do PIB gasto com Saúde. Pela população, porque esta acredita que ter plano de saúde significa melhorar de vida. Essa transição parece próxima e tem despertado interesse de investidores internacionais, como demonstra a recente compra da operadora Amil pela americana United Health.

Contudo, a lógica do lucro não se aplica à Saúde. No ano passado, segundo a Agência Nacional de Saúde (ANS), foram registradas 75.916 reclamações contra planos de saúde, sendo 75,7% delas relacionadas a negação de cobertura. Além disso, para cortar custos, muitas operadoras impedem que o médico decida sobre procedimentos mais caros, limitando a qualidade da atenção; reduzem o valor por consulta repassado ao médico; não cobrem retornos; e invalidam procedimentos sem justificativa aparente, deixando o profissional em prejuízo.

Fica claro, portanto, que a eventual opção pela Saúde privada será prejudicial à população, mesmo àqueles que já são usuários deste sistema. A escolha definitiva pela saúde pública precisa ser feita, com financiamento governamental de no mínimo 10% do PIB, de modo que possamos alcançar o nível de desenvolvimento e qualidade de vida que almejamos.

Saúde: Por que reverter a privatização?
www.cebes.org.br
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Roberto Pereira
Centro de Educação Sexual - CEDUS
SEXUALIDADE – SAÚDE – CIDADANIA
 
CNPJ: 74055906 / 0001-40
Reg. CMDCA/ RJ: 02/184/ 349  -  Reg. CMAS/ RJ: 0297/00
Utilidade Pública Municipal - Lei 3115 em 03/10/2000
Utilidade Pública do Estado do Rio de Janeiro LEI 2947/2005
Membro da Executiva do Fórum ONGs Tuberculose - RJ
Membro da Parceria Brasileira Contra a Tuberculose - STOP TB Brasil

Rio de Janeiro - RJ
Cel: (55.21) 9429-4550 -cedusrj@yahoo.com.br

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Pacientes com HIV terão tratamento antecipado; pelo menos cem mil novos casos serão atendidos

Pacientes com HIV terão tratamento antecipado; pelo menos cem mil novos casos serão atendidos

Governo ofertará antirretrovirais assim que a infecção for identificada, qualquer que seja o estágio da doença

14 de outubro de 2013 | 16h 53
LÍGIA FORMENTI - Agência Estado
Pacientes adultos com HIV terão o tratamento antecipado no Brasil. O Ministério da Saúde ofertará a terapia com antirretrovirais assim que a infecção for identificada, qualquer que seja o estágio da doença. Com a mudança, a expectativa é de que pelo menos cem mil novos pacientes passem a fazer uso do remédio. Atualmente, são 313 mil.
"A nova estratégia coloca o País na vanguarda do tratamento", afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. A oferta de antiaids para todos os portadores do vírus é adotada somente pelos Estados Unidos e pela França. A mudança na indicação do uso do remédio deve ser posta em prática até o fim de 2013. Está prevista também a incorporação no protocolo de uma nova droga, combinada, produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O três em um, composto por tenofovir, lamivudina e efavirenz, aguarda certificação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Assim que for liberado, o produto deverá ser indicado para pacientes no início de tratamento.
O tratamento precoce tem dois objetivos. O primeiro deles é ampliar a proteção do paciente com HIV. Pesquisadores concluíram que a estratégia melhora de forma significativa a qualidade de vida do soropositivo, além do efeito protetor. A medida também tem um caráter de saúde pública. Ao tomar o antirretroviral, os níveis de vírus no organismo são reduzidos de forma significativa, dificultando a contaminação do parceiro, no caso de relação sexual sem camisinha.
"Isso não impede, mas reduz a transmissão", afirmou. A coordenadora do Programa Estadual de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST)-Aids de São Paulo, Maria Clara Gianna, disse considerar a antecipação do tratamento uma medida importante. "Não há dúvida de que é um avanço", declarou. Maria Clara destacou no entanto ser necessário agora organizar o sistema de atendimento porque, "certamente", a demanda nos serviços deverá crescer. De acordo com ela, um outro ponto importante é assegurar a precocidade no diagnóstico da doença. Caso contrário, ainda há uma legião de pacientes que não se beneficiará com a mudança da recomendação.
Padilha disse não haver, no momento, a estimativa de qual será o impacto no orçamento para ampliação da indicação do remédio. Atualmente, do R$ 1,2 bilhão reservado no orçamento para aids, R$ 770 milhões são destinados para medicamentos. O ministério afirmou que, para o cálculo exato, é preciso saber qual será o preço da droga combinada, produzida pela Fiocruz.
A política de antecipar o tratamento de pacientes com HIV é adotada pelo governo há alguns anos. Em 2012, o início do uso de drogas passou a ser indicado para pacientes com contagem de defesa no organismo (CD4) igual ou inferior a 500. Soropositivos com parceiros sem HIV também passaram a ter indicação do uso precoce do medicamento, independentemente da carga viral. 


 
__._,_.___
Atividade nos últimos dias:

Marcio Villard
Para vidda@yahoogrupos.com.brforumongaids-rj@yahoogrupos.com.br
Out 20 em 4:51 PM
Mara.
Eujá havía chamado a atenção para debatermos sobre a consulta pública envolvendo tratamento e que termina agora no inicio de novembro (antes do ENONG) e ninguem se manifestou.
 
 
Infelizmente as reações são sempre posteriores as tomadas de decisão...no meu entendimento esta discussão tem que ser anterior a Comissão Estadual ejá seguir com encaminhementos e propostas do Movimento.
 
As mudanças tem sido rápidas e poucos estão de fato acompanhando e se posicionando sobre as novas estratégias. O Fonaids e as listas viraram varal de "roupas" e de intrigas e pouco se discuti acerca da política de Aids e seus desdobramentos. Lamentável...
 
 

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

entrevista ao boletim Vida Nova/SP

Durante o encontro se levantou problemas em comuns as regiões do Brasil, como Aids na Atenção Básica, interlocução com as pastas de governo, alterações nos documentos norteadores da RNP+Brasil. Você atribui isto a que? 
Mara Moreira (RJ) – eleita representante da RNP+Brasil no GT Unaids – Atribuo a mudança da epidemia em si e a forma de se reorganizar para o Sistema Único de Saúde, que está afogado.  Um caminho novo que assusta, ainda estamos construindo e acredito que alguns Estados estão se adaptando ao decreto 7508/11 que define a entrada da Aids na atenção bacia de saúde. No Rio de Janeiro estamos acompanhado como vai se dar a passagem, de entrada das pessoas com HIV na rede básica de saúde.
O que mais lhe chamou atenção?
O eixo sustentabilidade técnico e financeiro do qual eu participei, trouxe uma nova proposta de se formar uma comissão para amadurecer a ideia de se fazer um projeto para capacitação técnica. A gente vê que as pessoas não conhecem as leis, portarias, e diretrizes. Eu tô apostando que se forme essa comissão para que se tenha esse caminho da sustentabilidade financeira e técnica da RNP+Brasil.

O que muda na RNP+Brasil, após o encontro?
O amadurecimento, as pessoas em si estão amadurecendo mais e vão sair daqui pensando e repensando, sobre os posicionamentos e decisões tomadas. Algumas nos impulsos das respostas; vão sair pensativas para novos rumos e direcionamento para RNP+Brasil.

NOTA OFICIAL SOBRE O V ENCONTRO DA RNP+ BRASIL


Embates políticos e eleição do novo Colegiado encerram V Encontro da RNP+ Brasil
A Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV e AIDS (RNP+ Brasil) elegeu na plenária final de seu V Encontro Nacional a nova composição de seu colegiado nacional e Secretaria Nacional. O encontro foi realizado entre os dias 26 e 28 de setembro na cidade de Campo Grande, capital do Estado de Mato Grosso do Sul. Cerca de 200 pessoas vivendo com HIV e AIDS (PVHA) de todo o país, além de Angola e do Paraguai, participaram do evento.
O colegiado nacional da RNP+ Brasil é composto pela Secretaria Nacional, pelas representações nacionais e internacionais, além das representações regionais, eleitas nos respectivos encontros regionais e referendadas durante o V Encontro Nacional da RNP+ Brasil (veja lista completa das representações abaixo).
A RNP+ Brasil acatou proposta aprovada no Encontro Regional Sudeste, que redefiniu a Secretaria Nacional. Segundo a proposta referendada no Encontro Nacional, a Secretaria Nacional agora é composta por três integrantes, que ficarão responsáveis por importantes funções na RNP+ Brasil.
A partir de agora, a Secretaria Nacional da Rede terá uma ação Executiva, compreendendo a articulação política interna e externa, além de toda a parte administrativa. Em outra ponta, uma ação de Educação e Incidência Política, que será responsável por toda a capacitação, além de garantir o ordenamento político da rede. Para assessorar a Secretaria Nacional foi criada a Secretaria de Informação e Comunicação, que será responsável pela administração da página da RNP+ Brasil na internet, além de reunir dados para o geomapeamento da Rede.
Para cumprir a decisão da plenária, o colegiado nacional empossou Elifrank Moris, do Mato Grosso do Sul, na Secretaria Nacional Executiva. Para a Secretaria Nacional de Educação e Incidência Política foi empossado Moysés Toniolo, da Bahia. Para a Secretaria Nacional de Informação e Comunicação foi empossado Paulo Giacomini, de São Paulo.
Atendimento às PVHA na Atenção Básica e a participação de ativistas vivendo com HIV e AIDS na construção de novas estratégias para a Política Nacional de AIDS foram temas da Roda de Conversa com o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Dr. Fabio Mesquita
Na manhã de 28 de setembro, o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Dr. Fabio Mesquita, foi recebido pela plenária do V Encontro Nacional da RNP+ Brasil para uma roda de conversa. O objetivo do encontro com Mesquita foi ouvir do diretor do Departamento suas estratégias para conter a disseminação do HIV, bem como discutir a atual situação da assistência às PVHA no país. Porém, a grande preocupação do(a)s participantes do encontro era saber por que as PVHA devem ser tratadas pela Atenção Básica, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).
Entre outras questões, Mesquita foi indagado como será o tratamento das PVHA nas UBS, uma vez que é de competência da Atenção Básica a abordagem sindrômica das doenças sexualmente transmissíveis (DST), que não é executada na maioria dos casos. E, diante do novo consenso brasileiro para tratamento das PVHA com a terapia antirretroviral, quais seriam os critérios de permanência ou de transferência do tratamento para os Serviços de Atenção Especializada (SAE). O diretor do Departamento também foi questionado como se dará o vínculo com os novos pacientes, uma vez que a criação de vínculo entre médico e paciente é crucial para a adesão ao acompanhamento médico e à terapia antirretroviral de alta potência. Ainda, como serão absorvidas pela Atenção Básica as cerca de 40 mil PVHA que anualmente chegam aos SAE todos os anos no Brasil e qual o paradeiro dos profissionais de saúde capacitados pelo Ministério para realizar cirurgias contra a lipodistrofia.
Diante das respostas do diretor do Departamento do Ministério da Saúde, alguns ânimos se alteraram e houve um acirramento no debate. Segundo Elifrank Moris, Secretário Nacional Executivo da RNP+ Brasil, “algumas pessoas trazem, além da emergência da luta pela própria vida, questões emocionais envolvidas com o viver com o HIV. Isso deve ser considerado para que não levemos as discussões para o campo pessoal e possamos permanecer no campo da discussão política. E a política que nos interessa é como se dará a atenção às PVHA em todo o Brasil. Isso para nós é fundamental. É uma questão que afeta a vida de cada uma das mais de 600 mil PVHA no país”, considera o novo Secretário Nacional Executivo da RNP+ Brasil.
Apesar de ter renovado os nomes de suas representações nacionais na Comissão Nacional de DST e AIDS (CNAIDS) e na Comissão de Articulação com os Movimentos Sociais (CAMS), a RNP+ Brasil permanecerá fiel às deliberações da Articulação Nacional de luta contra a AIDS (ANAIDS) e não retornará a estes espaços, como também não participará dos Fóruns Regionais organizados pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais enquanto o movimento social de luta contra a AIDS não for recebido em audiência pelo Ministro da Saúde, como proposto pela RNP+ Brasil em reunião, em 28 de agosto, com o Secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, que acatou a proposta.
Até o próximo dia 25 de outubro a RNP+ Brasil irá divulgar Documento Político que norteará suas ações nos próximos dois anos, ou até o VI Encontro Nacional.
Confira abaixo as representações RNP+ Brasil até 2015:
Secretaria Nacional
Executiva: Elifrank Moris (MS)
Educação e Incidência: Moysés Toniolo (BA)
Informação e Comunicação: Paulo Giacomini (SP)
Representações Nacionais
CNAIDSTitular: José Hélio Costalunga (RS)
Suplente: Maria Emília Gomes Ferreira (AM)
CAMSTitular: Simoni Bittencourt (MS)
Suplente: Antonio Alves Ferreira (CE)
Comissão de Acompanhamento de Políticas Públicas em DST, Aids, Tuberculose e Hepatites Virais do Conselho Nacional de Saúde (CAPDA): Jair Brandão de Moura Filho
Grupo Temático Ampliado do UNAIDS no Brasil (GT UNAIDS): Mara Moreira (RJ)
Comitê Comunitário de Vacinas: Jorge Beloqui (SP)
Representações Internacionais
Rede Latinoamericana de Pessoas Vivendo com VIH/SIDA (Redla+): Alister Rafael (RJ)
Rede +PLP: Efraim Lisboa (AM)
Representações Regionais
Centro-oeste:   Titular: Rosildo Silva (DF)
                           Suplente: Simoni Bittencourt (MS)
Nordeste:           Titular: Marcos Fontes (RN)
                            Suplente: Jerônimo Duarte (PE)
Norte:                  Titular: Renê Monteiro (RR)
                             Suplente: Efraim Lisboa (AM)
Sudeste:            Titular: Maria Fátima dos Santos (SP)
                             Suplente: Simone Guedes (ES)
Sul:                     Titular: Jaime Berdias (RS)
                            Suplente: Marcelo Pacheco de Freitas (SC)

PORTARIA Nº 3.149, fertilização in vitro e/ou injeção intracitoplasmática de espermatozoides


PORTARIA Nº 3.149, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2012




Legislações - GM
Qua, 02 de Janeiro de 2013 00:00
PORTARIA Nº 3.149, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2012
Fica destinados recursos financeiros aos estabelecimentos de saúde que realizam procedimentos de atenção à Reprodução Humana Assistida, no âmbito do SUS, incluindo fertilização in vitro e/ou injeção intracitoplasmática de espermatozoides.
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos I e II do parágrafo único do art. 87 da Constituição, e
Considerando que a Constituição Federal de 1988 inclui no Título VIII da Ordem Social, em seu Capítulo VII, Art. 226, Parágrafo 7º, a responsabilidade do Estado no que se refere ao planejamento familiar;
Considerando que a assistência em planejamento familiar deve incluir a oferta de todos os métodos e técnicas para a concepção e a anticoncepção, cientificamente aceitos, de acordo com a Lei nº 9.263, de 12 de janeiro de 1996, que regula o § 7º do art. 226 da Constituição Federal, que trata do planejamento familiar;
Considerando a Portaria nº 426/GM/MS de 22 de março de 2005, que institui a Política Nacional de Atenção Integral em Reprodução Humana Assistida;
Considerando a Portaria nº 1.459/GM/MS de 24 de junho de 2011, que institui no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) a Rede Cegonha, cujos arts. 2º e 4º no inciso V constam a garantia de acesso às ações do planejamento reprodutivo;
Considerando a necessidade dos casais para atendimento à infertilidade em serviços de referência de Alta Complexidade para Reprodução Humana Assistida;
Considerando que as técnicas de reprodução humana assistida contribuem para a diminuição da transmissão horizontal e vertical de doenças infectocontagiosas, genéticas, entre outras;
Considerando que já existe um conjunto de iniciativas de atenção à reprodução humana assistida no âmbito do SUS;
Considerando que as normativas para o financiamento dos serviços de Reprodução Humana Assistida no âmbito do SUS estão em fase de definição; e
Considerando as visitas técnicas realizadas pelo Ministério da Saúde aos serviços de atenção à reprodução humana assistida ofertada no âmbito do SUS, com o objetivo de conhecer suas características, tais como: equipamentos, demanda atendida e reprimida, técnicas utilizadas entre outros; e Considerando a associação das características observadas nos serviços visitados e das informações obtidas nas visitas técnicas, resolve:
Art. 1º Ficam destinados recursos financeiros no valor total de R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais) aos estabelecimentos de saúde que realizam procedimentos de atenção à Reprodução Humana Assistida, no âmbito do SUS, incluindo fertilização in vitro e/ou injeção intracitoplasmática de espermatozoides, conforme o Anexo desta Portaria.
Paragrafo único. Os recursos financeiros de que trata o caput deste artigo serão repassados aos Fundos de Saúde dos entes federados e deverão ser repassados aos respectivos estabelecimentos de saúde em parcela única, conforme discriminado no Anexo a esta Portaria.
Art. 2º Os recursos orçamentários desta Portaria deverão onerar o Programa de Trabalho 10.302.2012.20R4 - Apoio à Implementação da Rede Cegonha, do orçamento do Ministério da Saúde (RCE-RCEG).
Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos financeiros a partir da competência dezembro de 2012.
ALEXANDRE ROCHA SANTOS PADILHA
ANEXO

UF 

Gestão 

Estado/
Município/DF 

CNES 

Estabelecimento 

VALOR DE RECURSO EM
REAIS 

DF 

Estadual 

Brasília 

0010537 

HMIB - Hospital Materno
Infantil de Brasília 

1.000.000,00 

MG 

Municipal 

Belo Horizonte 

0027049 

Hospital das Clinicas da
UFMG 

1.500.000,00 

RS 

Municipal 

Porto Alegre 

2237571 

Hospital Nossa Senhora da
Conceição SA - Fêmina 

1.000.000,00 

RS 

Municipal 

Porto Alegre 

2237601 

Hospital das Clínicas de Porto Alegre 

1.000.000,00 

SP 

Estadual 

São Paulo 

2078015 

HC da FMUSP Hospital das
Clínicas São Paulo 

1.500.000,00 

SP 

Estadual 

São Paulo 

2078287 

Centro de Referência da
Saúde da Mulher São Paulo
- Pérola Byington 

1.500.000,00 

SP 

Estadual 

São Paulo 

2082187 

Hospital das Clínicas FAEPA
Ribeirão Preto 

1.500.000,00 

PE 

Dupla 

Recife 

0000434 

Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira
- IMIP 

1.000.000,00 


Total geral 




10.000.000,00 


ADVERTÊNCIA
Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial da União
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/imagens/brasao.gif
Ministério da Saúde
Gabinete do Ministro

PORTARIA Nº 1.397, DE 10 DE JULHO DE 2013

Acresce serviço na tabela constante do Anexo da Portaria nº 3.149/GM/MS, de 28 de dezembro de 2012.
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos I e II do parágrafo único do art. 87 da Constituição, e considerando que a Constituição Federal de 1988 inclui no Título VIII da Ordem Social, em seu Capítulo VII, art. 226, § 7º, a responsabilidade do Estado no que se refere ao planejamento familiar, resolve:
Art. 1º Fica acrescido na tabela constante do Anexo da Portaria nº 3.149/GM/MS, de 28 de dezembro de 2012, publicada no Diário Oficial da União nº 251, de 31 de dezembro de 2012, Seção 1, página 232, o seguinte serviço:
UF
Gestão
Estado/Município/DF
CNES
Estabelecimento
VALOR DE RECURSO EM REAIS
RN
Municipal
Natal
2409208
Maternidade Escola Januário Cicco
1.500.000,00
Total geral
1.500.000,00