AIDS, O PRECONCEITO AINDA
CONTINUA
Não há dúvidas de que o preconceito e o estigma
contra mulheres positivas, aliados com impacto social da AIDS, têm contribuído
para o aumento dramático da infecção do HIV entre as brasileiras durante os
últimos anos. Embora o tema Aids seja hoje abordado mais abertamente, o
preconceito ainda é a tônica principal de qualquer discussão. Além disso, a
maior parte da população urbana provavelmente já travou contato com as
informações necessárias à prevenção do HIV sem que isto acarretasse a adoção de
práticas seguras de proteção.
A falta de informação unida ao preconceito
contribui, a cada dia, para o aumento dos casos de Aids e outras doenças
transmissíveis pelas relações sexuais, interferindo cada vez mais na saúde da
população. As estatísticas epidemiológicas apresentadas pelo Ministério da
Saúde demonstram que a epidemia do HIV/Aids continua crescendo e atingindo
homens e mulheres não importando sua raça, credo ou orientação sexual tendo
atingindo no mundo: 33 milhões de pessoas vivem com HIV; 25 milhões já
morreram; 12 mil novas infecções por dia. No Brasil o quadro é crítico. Diariamente,
são registrados 68 novos casos, 107 internações e 30 mortes.
Questões como direitos sexuais e reprodutivos,
direitos sociais e a qualificação dos serviços para uma intervenção mais
adequada às necessidades e especificidades das mulheres são objeto de
recomendações neste mês internacional das mulheres. O conhecimento é um fator
identificado como “chave” no fortalecimento das ações, pois é a
ferramenta indispensável para fortalecer mulheres, pois uma vida com HIV pode
ser positiva, negativo é o preconceito.
Jucimara Moreira
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