segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Para romper o silêncio da AIDS

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Para romper o silêncio da aids

Pesquisa mostra que um em cada 10 portadores não conta ao parceiro fixo que tem HIV



Uma linda rosa



Foto: Alex Ferro/Agência Pedra Viva/Divulgação

Mara é HIV positivo e casada há cinco anos com Evandro. "Tomei a decisão certa ao contar para ele no 5º encontro sobre a aids."

Mara Moreira tinha só 18 anos quando descobriu o HIV, três meses após casar virgem com o primeiro marido. Ela ficou viúva 1 ano e meio depois de trocar alianças e a morte do companheiro por aids fez com ela passasse sete anos em total isolamento da vida amorosa, das relações sexuais e da possibilidade de dividir a vida com outra pessoa.

O apoio do Grupo Vidda do Rio de Janeiro, no entanto, fez com que ela arriscasse tentar viver mais uma história de amor. Em uma sala de bate-papo, com o codinome “Rosa”, ela encontrou preencheu uma ficha e encontrou Evandro, 98% de afinidade com suas preferências e gostos.

Foram dois meses trocando mais de 200 mensagens por dia até que os dois resolveram marcar o encontro. No shopping, ela atestou que de fato o “amigo virtual” não mentiu sobre os seus 1,90 m de altura e olhos claros. Agora, era hora dela pensar se a mentira sobre seu diagnóstico seria um caminho ou não. Ao mesmo tempo, não conhece ninguém que no primeiro encontro diz “oi, tudo bem? Então, tenho diabetes.” Com o HIV também não era assim.

No 5º encontro, ela depois de pensar muito, resolveu falar sobre a sua condição. Mara é evangélica, segue as determinações de que sexo só depois do casamento, mas não queria deixar só para esta hora a revelação. Evandro ouviu a notícia e foi embora. Naquele dia, as constante média de 200 mensagens de celular trocadas por dia se resumiu a nenhuma.

No fim da tarde, a mensagem “não é porque eu descubro que a Rosa tem espinho que eu vou deixar de achá-la bonita e admirar seu perfume”, confirmou que Mara Moreira havia tomado a decisão certa.

Hoje, eles estão casados há 5 anos, felizes e fazendo da camisinha uma parceira. “A maioria das pessoas não conta ao namorado que tem o vírus por medo da reação, mas não imagina que esta reação pode ser boa. Eu sou feliz hoje e dividir o diagnóstico e poder partilhar várias outras coisas da vida. Não é só a doença.”

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