terça-feira, 26 de agosto de 2014

Cientistas estudam um absorvente interno que impede a contaminação por HIV

Cientistas estudam um absorvente interno que impede a contaminação por HIV

Por Carol Patrocínio | Preliminares –  qua, 13 de ago de 2014 06:50 BRT
Cientistas estudam um absorvente interno que impede a contaminação por HIV
  • Yahoo Brasil/iStock - Cientistas estudam um absorvente interno que impede a contaminação por HIV
O HIV é o vírus da Aids. E ele não é nada simples. Além de ser um vírus inteligente, as pessoas começaram a relaxar em relação à doença apenas porque os coquetéis funcionam e é possível viver muitos anos com o problema controlado. Com isso, o número de infectados continua a aumentar como se não houvesse amanhã. Grande besteira.
A proteção contra o HIV é relativamente simples. Usar camisinha, não compartilhar seringas para uso de drogas injetáveis. Porém, nem sempre é possível não trocar fluídos com quem se tem sexo. É fácil encapar um pênis, que é um órgão totalmente externo, mas como fazer o mesmo com vaginas e vulvas? Impossível. Sexo oral entre mulheres, então, nem pensar, já que não tem como encapar nada ali. Mas aí os cientistas resolveram buscar uma saída para o problema.
Um grupo de biomédicos da Universidade de Washington está fazendo testes de um absorvente interno com remédios que não permitem a contaminação por HIV. A ideia é que ele seja usado antes do sexo e o medicamento seja liberado, em grandes quantidades, no corpo.
O estudo, publicado no jornal Antimicrobial Agents and Chemotherapy, explica o funcionamento do dispositivo: em contato com a umidade, as fibras do absorvente interno se dissolvem e liberam o medicamento Maraviroc, que hoje é utilizado para tratar pacientes com o vírus, mas também é capaz de prevenir que ele se instale em pessoas saudáveis.
Vai transar? Coloque o absorvente, ele dissolve nas paredes vaginais e protege você do vírus. Pode parecer pouco, mas mulheres que trabalham com prostituição ou se relacionam com HIV-positivos podem ter suas vidas mudadas para sempre com essa invenção. Camisinhas furam, são colocadas de maneira errada e saem na hora do sexo e existem mil outras variantes muito além da simples vontade de fazer sexo sem preservativo - lembra do tabu que é pedir para um homem usar camisinha e ele dizer que você não confia nele e a vida virar uma novela?. É sempre bom lembrar, também, do número crescente de mulheres monogamicas e casadas há decadas que se descobrem infectadas depois que a doença se manifesta no marido, que pulava a cerca sem proteção.
A pesquisa pode ainda levar anos para ser transformada em um produto à disposição do público, mas é um passo incrível para quem sonha em ter mais proteção e poder fazer isso sozinha, sem ter que deixar sua segurança na mão de outra pessoa – que nem sempre quer usar a camisinha.

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