Relatório da Reunião organizada pela UNFPA de apresentação dos
resultados de pesquisas sobre saúde sexual e reprodutiva de mulheres vivendo
com HIV/AIDS.
A pesquisa apoiada pela UNFPA intitulada “GENIH: Gênero e infecção pelo HIV: estudos sobre práticas e decisões relativas à saúde sexual e reprodutiva” compõe um conjunto de iniciativas que visam suprir a lacuna de conhecimento sobre as questões de saúde sexual e reprodutiva das mulheres vivendo com HIV/Aids (MVHA), apresentada pelo estado de São Paulo e Porto Alegre.
Em São
Paulo, coordenada pelo Núcleo de Estudos
de População da Universidade de Campinas
(NEPO/UNICAMP), teve como objetivo
principal investigar aspectos de saúde sexual e
reprodutiva de mulheres adultas e jovens vivendo com HIV/Aids (MVHA) em
comparação à mulheres soronegativas para o HIV
(MNVHA), os resultados apresentados somente vem somar os esforços da
sociedade civil em falar dos retrocessos vivenciados na Epidemia de DST/AIDS, o
diagnóstico tardio, a discriminação vivenciado nas unidades de saúde,
empobrecimento, baixa escolaridade, falta de conhecimento dos resultados de CD4
e Carga Viral, laqueaduras, grande numero de abortos e gravidez não desejadas,
dificuldades de acesso a insumos seja camisinhas e gel.
Os objetivos específicos da
pesquisa destacam-se:
1) Comparar características sociodemográficas e de comportamento sexual e reprodutivo de MVHA e MNVHA, incluindo acesso e uso de métodos contraceptivos, a ocorrência de gravidez não planejada, e histórico de interrupção de gestação;
2) Descrever e comparar a proporção de MVHA e MNVHA que relatam situações de violência psicológica, física e/ou sexual sofrida e a associação desses episódios com aspectos da saúde sexual e reprodutiva de MVHA e MNVHA;
3) Entre MVHA, investigar a especificidade da infecção pelo HIV/AIDS nas decisões e práticas relacionadas à vida sexual e reprodutivas dessas mulheres;
4) Investigar a associação de características dos serviços de saúde e da assistência à saúde sexual e reprodutiva de MVHA e MNVHA com suas práticas/decisões contraceptivas e reprodutivas;
5) Investigar e comparar entre MVHA e MNVHA os fatores individuais, relacionais, sociais e programáticos/ institucionais associados a práticas contraceptivas em uso, a ocorrência de gravidez não planejada e ao histórico de interrupção de gestação.
Em Porto Alegre, a pesquisa teve o objetivo de também avaliar as especificidades das mulheres vivendo com HIV/Aids no que concerne à saúde sexual e reprodutiva, comparando-as com mulheres soronegativas para o HIV, foi realizada em Porto Alegre pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) a pesquisa “Saúde Sexual e Reprodutiva de Mulheres Vivendo no Contexto da Epidemia do HIV/Aids em Porto Alegre”. Entre os objetivos específicos, destacam-se:
1) Avaliar a associação entre o diagnóstico de soropositividade para o HIV/Aids e a prática de aborto;
2) Avaliar a associação de soropositividade para o HIV/Aids e o relato de violência física e sexual;
3) Investigar o uso de métodos contraceptivos pelas mulheres que vivem com HIV/Aids ;
4) Compreender as especificidades do contexto de vulnerabilidade para o vírus que se apresenta
para as mulheres infectadas pelo HIV/Aids em relação às mulheres soronegativas.
1) Comparar características sociodemográficas e de comportamento sexual e reprodutivo de MVHA e MNVHA, incluindo acesso e uso de métodos contraceptivos, a ocorrência de gravidez não planejada, e histórico de interrupção de gestação;
2) Descrever e comparar a proporção de MVHA e MNVHA que relatam situações de violência psicológica, física e/ou sexual sofrida e a associação desses episódios com aspectos da saúde sexual e reprodutiva de MVHA e MNVHA;
3) Entre MVHA, investigar a especificidade da infecção pelo HIV/AIDS nas decisões e práticas relacionadas à vida sexual e reprodutivas dessas mulheres;
4) Investigar a associação de características dos serviços de saúde e da assistência à saúde sexual e reprodutiva de MVHA e MNVHA com suas práticas/decisões contraceptivas e reprodutivas;
5) Investigar e comparar entre MVHA e MNVHA os fatores individuais, relacionais, sociais e programáticos/ institucionais associados a práticas contraceptivas em uso, a ocorrência de gravidez não planejada e ao histórico de interrupção de gestação.
Em Porto Alegre, a pesquisa teve o objetivo de também avaliar as especificidades das mulheres vivendo com HIV/Aids no que concerne à saúde sexual e reprodutiva, comparando-as com mulheres soronegativas para o HIV, foi realizada em Porto Alegre pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) a pesquisa “Saúde Sexual e Reprodutiva de Mulheres Vivendo no Contexto da Epidemia do HIV/Aids em Porto Alegre”. Entre os objetivos específicos, destacam-se:
1) Avaliar a associação entre o diagnóstico de soropositividade para o HIV/Aids e a prática de aborto;
2) Avaliar a associação de soropositividade para o HIV/Aids e o relato de violência física e sexual;
3) Investigar o uso de métodos contraceptivos pelas mulheres que vivem com HIV/Aids ;
4) Compreender as especificidades do contexto de vulnerabilidade para o vírus que se apresenta
para as mulheres infectadas pelo HIV/Aids em relação às mulheres soronegativas.
O apoio do UNFPA ao estudo GENIH e a divulgação dos resultados das duas
pesquisas é parte de sua estratégia de gestão do conhecimento e cooperação para
fortalecimento da integração entre saúde sexual e reprodutiva e direitos
sexuais e reprodutivos e HIV/AIDS, compondo seus esforços para
apoiar a produção de evidências que
subsidiem a tomada de decisões em
saúde sexual e reprodutiva
com equidade de gênero, faixa etária, raça e etnia.
O Objetivo da reunião realizada pela UNFPA realizada em Brasília no dia 12 de agosto, em Divulgar e discutir os resultados dos estudos “GENIH: Gênero e infecção pelo HIV: estudos sobre práticas e decisões relativas à saúde sexual e reprodutiva” e “Saúde Sexual e Reprodutiva de Mulheres Vivendo no Contexto da Epidemia do HIV/Aids em Porto Alegre e São Paulo”.
O Objetivo da reunião realizada pela UNFPA realizada em Brasília no dia 12 de agosto, em Divulgar e discutir os resultados dos estudos “GENIH: Gênero e infecção pelo HIV: estudos sobre práticas e decisões relativas à saúde sexual e reprodutiva” e “Saúde Sexual e Reprodutiva de Mulheres Vivendo no Contexto da Epidemia do HIV/Aids em Porto Alegre e São Paulo”.
Estiveram
presentes ministérios das relações exteriores,Ministério do trabalho,
Secretaria Nacional da juventude, Ministério da Saúde, Gestores municipais dos
estados sede da pesquisa em São Paulo e Porto Alegre, e a sociedade civil o
Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas(Mara Moreira) e a Rede Jovem (RONI
/DF), sentimos a falta da SPM- Nacional e do Departamento Nacional de Aids na
pessoa do Sr. Marcelo Freitas onde foi falado especificamente de sua área,
apesar de estarem presentes as técnicas TAINA e DAMIANA nada defenderam a área
da assistência e prevenção a qual foi apontada nessa pesquisa as deficiências
existida, bem contra fatos não há argumentos realmente, mais as demandas tem
que ser encaminhadas e corrigidas pelo Departamento de DST/AIDS.
E esperamos
que depois de publicada a amplamente divulgadas pela UNFPA, os resultados desta
pesquisa sejam também apresentadas aos fóruns de ONG AIDS especificamente de
São Paulo e Sul, onde poderão respaldar vários documentos que já temos apontados
estas deficiências nas áreas de prevenção e assistências.
Não
há dúvidas de que o preconceito e o estigma contra mulheres positivas, aliados
com impacto social da AIDS, têm contribuído para o aumento dramático da
infecção do HIV entre as brasileiras durante os últimos anos. Embora o tema
Aids seja hoje abordado mais abertamente, o preconceito ainda é a tônica
principal de qualquer discussão. Além disso, a maior parte da população urbana
provavelmente já travou contato com as informações necessárias à prevenção do
HIV sem que isto acarretasse a adoção de práticas seguras de proteção, aponta a
pesquisa realizada pela NEPO/UNICAMP e Universidade Federal do Rio
Grande do Sul (UFRGS) e apresentada pela UNFPA.
A falta de informação
unida ao preconceito contribui, a cada dia, para o aumento dos casos de Aids e
outras doenças transmissíveis pelas relações sexuais, interferindo cada vez
mais na saúde da população.
Os resultados dessas
pesquisas demonstram que a epidemia do HIV/Aids continua crescendo e atingindo
as mulheres não importando sua raça, credo ou orientação sexual. Questões como
direitos sexuais e reprodutivos, direitos sociais e a qualificação dos serviços
para uma intervenção mais adequada às necessidades e especificidades das
mulheres.
Nós do
MNCP(Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas ) já sinalizamos também estas
deficiências em vários documentos recentemente pelo Rio de janeiro nos pontos relacionadas à
perda de nossos direitos sexuais e reprodutivos no âmbito da assistência e da
prevenção a AIDS, reivindicamos:
1. O
conhecimento é um fator identificado como “chave” no fortalecimento
das ações, pois é a ferramenta indispensável para fortalecer
mulheres, pois uma vida com HIV pode ser positiva, negativo é o preconceito.
2.
Implementação de uma portaria sobre
Reprodução Humana Assistida (A portaria nº 3.149 do Ministério da Saúde,
de 28 de dezembro de 2012) garantindo
assim os direitos sexuais e reprodutivos de mulheres com HIV/AIDS;
3.
Garantia do acesso a profilaxia
pós-exposição ao HIV e DST, para as mulheres vítimas de violência sexual e a
disponibilidade, imediata, das novas tecnologias de prevenção no SUS.
4.
Investimento
em pesquisas sobre: HTLV, efeitos adversos relacionados aos ARV´S (Menopausa e
Envelhecimento Precoce, Neuroaids, dentre outros).
5.
Apoio à formação de mulheres
vivendo e convivendo com HIV/AIDS em temas relacionados a: Prevenção Positiva,
Lipodistrofia, Violência, Reprodução humana assistida e efeitos adversos.
6.
Incluir na política de promoção de
equidade em saúde o plano integrado de enfrentamento à feminização da epidemia
em HIV/AIDS e outras DST e Hepatites Virais.
7.
Implementação nos Estados e Municípios
das diretrizes do plano de feminização.
8.
Planejamento do plano de redução de
contracepção e concepção.
9.
Prevenção a cesárea eletiva da
transmissão vertical do HIV, do HTLV, Sífilis e Hepatites Virais.
10.
Fornecimento de fórmula láctea continua
para filhos de mulheres vivendo com HIV/AIDS e HTLV.
11.
Garantia do
emprego e trabalho da Mulher Vivendo com HIV/Aids respeitando a recomendação
200 IOT.
Acreditamos que com o
compromisso de todos, teremos respostas para estas demandas e assim,
garantirmos uma vida segura, digna e saudável para todas nós Mulheres vivendo
com HIV/AIDS no Brasil.
Jucimara de Almeida Moreira
Movimento Nacional das Cidadãs
Posithivas
Rio de Janeiro, 13 de Agosto de 2014.
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