Número de novos casos de infecção pelo HIV cresceu 11% no país entre 2005 e 2013, quando cerca de 42 000 pessoas contraíram o vírus
Aids: Atualmente, 35 milhões de pessoas vivem infectadas pelo HIV no mundo (Thinkstock/VEJA)
Um
relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado nesta
quarta-feira aponta que os novos casos de infecção pelo HIV e de mortes
associadas à doença cresceram no Brasil nos últimos oito anos. A
tendência do país é contrária à global: segundo o documento, a
epidemia está em queda no mundo, e especialistas acreditam que ela possa
ser controlada até 2030.
Segundo o The Gap Report,
feito pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids),
o número de novos casos de infecção pelo HIV cresceu 11% no Brasil
entre 2005 e 2013, quando cerca de 42 000 pessoas contraíram o vírus no
país. Em
relação às mortes provocadas pela doença, esse aumento foi de 7%,
chegando a cerca de 15 000 óbitos em 2013.
Estima-se
que, atualmente, 752 000 pessoas vivam com o vírus da aids no Brasil.
Esse número representa quase metade do total de casos na América Latina
(1,6 milhão) e cerca de 2% do número de infectados no mundo (35
milhões).
Na
América Latina, houve uma pequena queda dos novos casos da infecção
pelo HIV: de 2% entre 2005 e 2013. Em países como México, Colômbia e
Venezuela, a epidemia de aids diminuiu, diferentemente do que ocorreu,
além do Brasil, no Chile e no Paraguai. De acordo com
a Unaids, a cada hora, dez novas infecções pelo HIV acontecem na
região. Pelo menos um terço dos novos casos da doença ocorre entre
jovens de 15 a 24 anos.
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Mundo — Segundo
o relatório da ONU, os novos casos da doença no mundo caíram 38% nos
últimos doze anos – em 2013, 2,1 milhões de indivíduos foram infectados,
contra 3,4 milhões em 2001. A queda global de novas infecções foi ainda
mais acentuada em crianças, de 58%.
Em
relação ao número de mortes associadas ao HIV, houve uma queda de
aproximadamente 37% de 2005 para cá. Estima-se que 1,5 milhão de pessoas
no mundo tenham morrido no ano passado devido a complicações da doença.
Em 2005, foram 2,4 milhões.
“Há
esperança de que controlar a aids é possível”, diz o comunicado
divulgado pela Unaids. “A epidemia pode ter fim em todas as regiões, em
todos os países, em todos os locais, em todas as populações e em todas
as comunidades”, diz Michel Sidibé, diretor da Unaids.
Para a Unaids, o fim da epidemia até 2030 representaria
o controle da difusão do HIV e do impacto do vírus nas sociedades.
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